Com o aumento da expectativa de vida, a busca pelo rejuvenescimento ganhou destaque entre indivíduos de diversas faixas etárias. A popularidade dos nutricosméticos (produtos contendo nutrientes com foco em estética),principalmente os suplementos alimentares, atrai cada vez mais atenção tanto dos consumidores, como de pesquisadores e das investigações científicas.
Muitas pesquisas na literatura destacam o impacto positivo da suplementação de colágeno hidrolisado em forma de peptídeos, principalmente para amenizar o envelhecimento da pele e atuar no fortalecimento do sistema musculoesquelético – binômio ossos, articulações e músculos
Mas, o colágeno não atua apenas nesses sistemas popularmente conhecidos. Por ser uma proteína altamente conservada ao longo da evolução das espécies, representando cerca de 30% do total de proteínas do corpo humano, ele desempenha um papel essencial na funcionalidade de vários tecidos. Além de compor a pele, tendões, músculos, cartilagens, ossos, ele participa do revestimento dos órgãos e do intestino, fornecendo especialmente resistência mecânica, maleabilidade e resiliência às estruturas corporais.
O que isso significa? Que o colágeno funciona como uma espécie de "cola natural", dando firmeza, elasticidade e resistência para que essas estruturas se mantenham fortes, flexíveis e saudáveis ao longo do tempo. Por conta disso, sua suplementação pode ser eficaz em todos os processos do corpo, melhorando condições de saúde além da estética.
A pesquisa "Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares", realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), mostrou que o só entre 2015 e 2020 consumo de colágeno no Brasil aumentou 167%.
O mercado de colágeno no Brasil continuou em expansão, impulsionado pela busca por produtos de beleza, saúde articular e bem-estar, com um crescimento anual de 4,8% durante o período de 2022 a 2027.
Como o colágeno atua nas células?
Seu mecanismo de ação ocorre a nível celular: células presentes na pele, ossos e cartilagens criam a proteína de colágeno dentro delas e o liberam para formar uma espécie de "teia" que dá sustentação aos tecidos. Esse processo acontece de forma equilibrada, pois as células sentem a necessidade do corpo e regulam a produção e renovação do colágeno, garantindo que a estrutura dos tecidos se mantenha firme e saudável.
O estilo de vida moderno pode acelerar a perda de colágeno no corpo. O estresse, a poluição, substâncias tóxicas presentes em plásticos e no ar, além do sedentarismo, aumentam a ação de enzimas que quebram as fibras de colágeno (colagenases MMP-1). Com isso, as células responsáveis pela sua produção “desaceleram”, diminuindo a reposição natural do colágeno e acelerando o envelhecimento da pele, articulações e outros tecidos que dependem dessa proteína para se manterem firmes e saudáveis.
Embora as células não morram, sua atividade é temporariamente inativada, e para reativá-las é necessário um estímulo externo. Nesse contexto, os peptídeos de colágeno desempenham um papel crucial, atuando como sinalizadores biológicos que restauram a comunicação celular e promovem a retomada da síntese de colágeno, ajudando a reverter os efeitos do envelhecimento e a preservar o metabolismo dos tecidos.
O corpo entende o estímulo dos peptídeos de colágeno por meio de um mecanismo de sinalização celular. Quando o colágeno começa a se degradar devido ao envelhecimento ou a fatores do estilo de vida, pequenas moléculas chamadas peptídeos de colágeno são liberadas na corrente sanguínea. Esses peptídeos funcionam como um "aviso" para as células responsáveis pela produção de colágeno.
Ao perceberem esses sinais, essas células "acordam" e voltam a produzir colágeno novo para reparar e fortalecer os tecidos. O interessante é que o corpo distribui esses peptídeos conforme a necessidade, priorizando áreas mais desgastadas ou que sofreram maior degradação.
Ou seja, ao consumir peptídeos de colágeno, o organismo reconhece essa reposição como um sinal biológico para restaurar e manter a firmeza da pele, a elasticidade das articulações, a resistência dos ossos e até a integridade do intestino, do cérebro e dos vasos sanguíneos.
Ao serem ingeridos, os peptídeos de colágeno via suplementação são absorvidos pelo trato gastrointestinal e entram na corrente sanguínea, onde podem exercer efeitos sistêmicos. Sua composição rica em aminoácidos específicos e condicionalmente essenciais (significa que o corpo pode sintetizá-los, mas em algumas situações, como doenças, lesões ou estresse, a produção pode não ser suficiente) como glicina, hidroxiprolina e prolina, contribui para suas propriedades funcionais.
A glicina, um aminoácido abundante nos peptídeos de colágeno, atua como neurotransmissor inibitório no sistema nervoso central, ou seja, ajuda a acalmar e desacelerar a atividade cerebral, principalmente no período noturno para preparar o cérebro para o sono.
Além disso, apresenta um alto potencial anti-inflamatório. Estudos indicam que a suplementação de glicina pode melhorar a qualidade do sono e a memória, além de possuir efeitos neuro protetores. Embora mais pesquisas sejam necessárias para estabelecer uma ligação direta entre a suplementação de peptídeos de colágeno e a saúde cerebral, a presença de glicina sugere um potencial benefício (Koizumi et al., 2019).
A glicina também desempenha um papel na saúde cardiovascular. Pesquisas sugerem que este aminoácido pode ajudar a regular a pressão arterial e melhorar a função endotelial, contribuindo para o funcionamento do coração. Além disso, o colágeno, especificamente do tipo IV, é um componente essencial das membranas dos vasos sanguíneos, fornecendo suporte estrutural e regulando a integridade vascular.
O estresse oxidativo e a ativação de enzimas que degradam o colágeno (metaloproteinases de matriz - MMPs) podem degradar o colágeno tipo IV, agravando processos inflamatórios e degenerativos nas artérias (Steffensen, et al. 2018). Ou seja, sua reposição por meio da suplementação se torna eficaz.
Os peptídeos de colágeno podem auxiliar na integridade da mucosa intestinal. Estudos indicam que esses peptídeos podem fortalecer a barreira intestinal, reduzindo a permeabilidade e prevenindo a translocação de toxinas e microrganismos. Além disso, a glicina presente nos peptídeos de colágeno possui propriedades anti-inflamatórias que podem beneficiar a saúde intestinal (Wang et al., 2020).
O Genu-in® Life é um produto natural, bioativo e de alta pureza, com um teor proteico superior a 97%. Sua composição inclui 18 aminoácidos essenciais para a formação de proteínas, com destaque para a glicina, prolina e hidroxiprolina, que representam cerca de 50% do total de aminoácidos – um nível de 10 a 20 vezes maior em comparação com outras proteínas.
Além disso, os Peptídeos de Colágeno Genu-in® Life são formulados para oferecer alta biodisponibilidade e bioatividade, garantindo uma absorção eficiente e direcionada. Isso permite que os peptídeos cheguem rapidamente às áreas do corpo que mais necessitam de reparo, especialmente os tecidos conjuntivos, que são mais vulneráveis aos impactos externos e ao desgaste natural.
ABIAD. Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares. Link: https://abiad.org.br/estudo-aponta-crescimento-de-167-no-consumo-de-colageno
Wang. Shuo et al. Collagen peptide from Walleye pollock skin attenuated obesity and modulated gut microbiota in high-fat diet-fed mice Journal of unctional Foods. v. 74, p. 104194, 2020. Link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1756464620304187
Koizumi S, Inoue N, Sugihara F, Igase M. Effects of Collagen Hydrolysates on Human Brain Structure and Cognitive Function: A Pilot Clinical Study. Nutrients. 2019 Dec 23;12(1):50. doi: 10.3390/nu12010050. PMID: 31878021; PMCID: PMC7019356. Link: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7019356/
Aguayo-Cerón KA, Sánchez-Muñoz F, Gutierrez-Rojas RA, Acevedo-Villavicencio LN, Flores-Zarate AV, Huang F, Giacoman-Martinez A, Villafaña S, Romero-Nava R. Glycine: The Smallest Anti-Inflammatory Micronutrient. Int J Mol Sci. 2023 Jul 8;24(14):11236. doi: 10.3390/ijms241411236. PMID: 37510995; PMCID: PMC10379184. Link: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10379184/
Steffensen, LB; Rasmussen, LM. A role for collagen type IV in cardiovascular disease? Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2018 Sep 1;315(3):H610-H625. doi: 10.1152/ajpheart.00070.2018. Epub 2018 Apr 20. PMID: 29677463. Link: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29677463/
*Zague V et al. Collagen peptides modulate the metabolism of extracellular matrix by human dermal fibroblasts derived from sun-protected and sun-exposed body sites. Cell Biol Int. 2018 Jan;42(1):95-104. Link: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28906033/